terça-feira, 9 de setembro de 2014

Pretinho Básico

Chique e essencial para qualquer mulher, independente da idade, estilo, profissão ou formato de corpo.

“Uma mulher precisa de apenas duas coisas na vida: um vestido preto e um homem que a ame”. A frase é da estilista francesa Coco Chanel, criadora do queridinho de todo guarda-roupa feminino: o vestido preto. Acho super bacana entender de onde surgiram e porque foram criadas certas peças que usamos há décadas. E é por isso que resolvi compartilhar com vocês a história do “pretinho básico”.

Antes dos anos 1920, as jovens não podiam usar preto e as senhoras o vestiam apenas no período de luto. Até que, em 1926 a revista Vogue publicou uma ilustração de um vestido criado por Chanel. Nos anos seguintes, já na década de 30, o mundo entrou numa fase chamada de “Grande Depressão”, resultado da quebra da Bolsa de Valores de Nova York, e que teve fim com o término da Segunda Guerra Mundial, em 1945. Nesse período a ostentação ficou fora de moda. Além disso, as mulheres estavam saindo para trabalhar fora de casa. E, diante desse cenário, as roupas para o dia tornaram-se mais sérias, e o vestido preto se mostrou perfeito para a nova mulher que surgia.

Foi Christian Dior que, em 1947 revolucionou o vestido preto, quando lançou o seu new look: um novo estilo de roupas, valorizando as formas femininas. O modelito virou hit nos anos 50 e se espalhou pelo mundo. O vestido preto com golas e luvas brancas, usado com um colar de pérolas e sapatos coloridos passou a ser praticamente um uniforme, a mulherada toda usava. E junto com a fim da guerra também chegou ao fim o modo simples e econômico de se vestir.

O pretinho básico ganhou status de “clássico” na década de 1950 e nunca mais saiu de moda. Hoje ele faz parte dos clássicos indispensáveis para uma mulher. O mais legal é que ele se adapta a qualquer tipo de silhueta. Cada modelo pode ser alongado ou encurtado, ficar com ou sem mangas, ter um decote profundo ou não.

Em 1960 e início dos anos 1970 o pretinho tornou-se famoso vestindo celebridades e compondo personagens do cinema. Chique, usado por Jacqueline Kennedy; elegante e feminino no corpo de Audrey Hepburn, no filme Bonequinha de Luxo, de 1961, cujo figurino foi criado pelo estilista francês Hubert Givenchy.

Após a moda psicodélica e colorida da década de 1970, a cor voltou para disputar poder com os homens nos anos 1980. Preocupadas com o sucesso profissional, as mulheres precisavam de uma roupa simples e elegante, que fosse a todos os lugares. Mais uma vez, o vestido preto se tornou a melhor opção.

Nos anos 1990 ele continuou sendo uma peça básica do guarda-roupa feminino, feito com os mais diversos tecidos, do modelo mais simples ao mais sofisticado, usado em todas as ocasiões e em todos os horários. 

Mas o grande mérito do vestido preto – seja ele assinado por um estilista renomado, ou de uma rede de fast fashion – é o poder que ele carrega, quer dizer, o poder que a mulher carrega quando o usa. Ela está confortável, elegante, sem excessos. Se sente pronta para conquistar o que quiser. Quando uma mulher opta por vesti-lo, ela está ciente de que ele é uma peça plana, sem grandes invenções mirabolantes. Ou seja, ela está, na verdade confiando é no seu próprio taco. E tem coisa mais admirável e sensual do que uma mulher segura de si?

Cada uma de nós tem seu modelo preferido de vestido preto. Há quem prefira os modelos justos, curtos; há quem goste dos soltinhos, mais compridos; há quem use todos os tipos. O pretinho básico se transforma na mesma velocidade que a sua dona. Ele acompanha sua evolução, seu gosto e de seu estilo de vida.

Mas no final, ele é sempre aquela peça única que você usa há meses, anos, e que nunca te decepciona. Nunca te deixa na mão. Um verdadeiro curinga no armário das mulheres. E é por tudo isso que o vestido preto se tornou o grande clássico do guarda-roupa feminino, aquele que garante as duas características básicas ao mesmo tempo – simplicidade e elegância.

Se eu pudesse escolher uma única peça de roupa para levar a uma ilha (ou a um cruzeiro, um casamento, uma viagem ao fim do mundo), seria o meu queridinho pretinho básico.

Dicas Plus: Acessórios

É claro que o pretinho básico é só um vestido como qualquer outro se estiver sem os complementos certos. Um sapato chamativo ou contrastante e um blazer bacana por cima são ótimas opções! O branco ou animal print, por exemplo, criam contrastes legais e deixam o look mais divertido. Um colar poderoso, bolsas, um saltão ou até mesmo esmalte e batom vermelho também podem dar personalidade ao look, porque apesar de básica, a peça se renova a cada dia e abre espaço para que você incorpore diferentes estilos a partir de elementos específicos.

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